Na apresentação de «Black Earth» os Process of
Guilt assumem o seu novo longa-duração como o motivo principal deste ciclo de
espetáculos onde procuram elevar a energia e peso das suas actuações ao vivo a
um superior nível de intensidade. Tal como o antecessor "Fæmin",
«Black Earth" foi misturado por Andrew Schneider, no Acre em Nova York, e
masterizado por Collin Jordan, no The Boiler Room LLC - Music Mastering, em
Chicago, lançado a 22 de setembro de 2017 numa edição conjunta Bleak Recordings
e Division Records. Tendo aperfeiçoado a sua expressão musical distinta e
inimitável ao longo de um caminho que abrange já uma carreira de quinze anos,
os Process of Guilt são atualmente uma das principais forças motrizes no
underground português. Entregando riffs massivos e pesados apoiados numa secção
rítmica punitivamente precisa, quase industrial, a banda lisboeta possui uma
intensidade única que atrai ouvintes de um amplo espectro de géneros e
subgéneros da música extrema. Amplamente experimentados quando se trata de
tocar ao vivo – tendo partilhado palcos com bandas de nomeada como Godflesh,
Cult of Luna ou Napalm Death – as suas performances são exibições puras de
ferocidade, que não deixam ninguém indiferente. Com o lançamento de seu
terceiro longa-duração «FÆMIN», em 2012, o quarteto formado por Hugo Santos,
Nuno David, Custódio Rato e Gonçalo Correia deu finalmente o há muito merecido
salto para o reconhecimento internacional – o álbum sucessor de «Erosion» e
«Renounce» valeu-lhes duas digressões europeias como cabeças-de-cartaz e um
cobiçado slot na edição de 2013 do festival Roadburn, onde atuaram perante uma
multidão totalmente rendida à descarga monolítica do quarteto nacional. Já após
a edição de um split com os suíços Rorcal, há dois anos, 2017 marca o regresso
dos músicos aos discos de longa-duração, com o colossal «Black Earth» a
capturar uma vez mais as vibrações orgânicas e industriais já presentes em
«FÆMIN» e desenvolvendo-as ainda mais na construção de uma besta hipnótica de
proporções gigantescas.